sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Anjo da Filosofia.

O anjo que não tem religião, apenas construído pela fé. O anjo que ama o ser humano independente de sua crença. Para todos aqueles que sentem a sua presença ao olhar uma paisagem ou sentem na pele que não só da evolução animal veio o homem. O anjo da filosofia não possui forma definida e sim dentro do seu peito possui várias formas, todas humanas e divinas, pois seu verdadeiro amor é o homem como Deus o criou.
O homem e a fé.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A primeira Filosofia de Arteropis.

" Tenha ciência da tua criação. A sabedoria do homem que te criou é superior e nenhum outro homem pode lhe trazer sua imagem. Nenhum objeto pode trazer a garantia que Deus é teu criador. O que te certifica que somos parte de uma criação é algo que nasce contigo e que ninguém te ensina: a tua fé e teu amor."

Demônios no atol.


Um homem que influencia tua fé, desvia teu caminho e negocia tua alma...

Também temos demônios, porém não somos sua parte. Não somos semelhantes ao mal, apenas o respeitamos pelo sofrimento da ausência do amor e da compaixão. São deuses da guerra que não sabem empunhar espadas. Apenas induzem ao caos o pobre homem que não tem estratégia definida, o homem que não entende o sentido de estar no mundo. Aqui em arteropis lhes sobram apenas tentar rogar pela ganância e pelas mentiras. Covardes, sempre procuram as sombras dos mais fracos e que na maioria das vezes, os mesmos são cientes da filosofia de Arteropis, devolvendo o diabo para seu trono de ouro infestado de rancor, miséria e desolação. O futuro abandonado é sua maior garantia por ventura da mesma filosofia de Arteropis.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Quando a Morte pede Perdão.

Existem pessoas tão especiais em Arteropis que quando elas partem, o tempo muda, o clima esfria, não chove, não faz sol, as nuvens fecham o céu tirando toda cor do nosso mar, os passáros param de voar e o movimento no atol diminui consideralvemente, e outros incríveis acontecimentos são vistos em Arteropis, o equilíbrio por aqui é tão grande, que os mais sábios dizem que essas pessoas, quando morrem, quebram uma energia muito grande, e para o reino que vão são recebidas com uma energia maior ainda.
Sabe quando você se aproxima de um amigo ou parente e sente uma energia boa ou quando entramos na casa de alguém e sentimos um conforto especial? Isto se dá pelo fato que não somos bons receptores de energia vital, não temos esse dom evoluído, sentimos apenas parte da real fonte que nos atinge, logo, não sentimos a energia que todos emanam. Aqui em Arteropis existem equipes que estudam e desenvolvem esta parte da nossa ciência e há tempos descobriram que a energia gerada por alguém em vida é centenas de vezes menor do que a energia que desenvolvemos em outro plano, ou seja, ao mesmo tempo que criamos uma boa energia aqui, em outro plano ou dimensão, geramos uma energia centenas de vezes maior, e ela pode ser boa ou má.
Portanto, as boas energias têm um impacto nos dois mundos no momento de sua passagem, a morte se ajoelha perante seu vigor, o equilíbrio perfeito da nossa natureza sente a força da transição deixando entes queridos enfraquecidos e espaços vazios, e faz com que a própria morte, enfraquecida com a necessidade da transição, peça perdão...

Eva venenosa, e a maçã inocente.

Tem uma versão popular aqui em Arteropis que diz:

"Se Adão tivesse aproveitado mais o paraíso, Eva não teria curiosidade para experimentar outras frutas."

Amor de verdade não acaba, nem esfria, não acomoda e nem sacia!

Jjyjo Parr.



Eva vs A Maçã



E então a perguntava: - Se és a melhor de todas as frutas, como podes ser única?
- Exatamente por isso Eva, sou única em todo o paraíso, meu sabor, minha cor e meu cheiro não serão mais encontrados. Me ofereço para quem acho que vá representar todas as minhas qualidades.
- Mas na mesma árvore, eu vejo mais maçãs, e de cores semelhantes à sua, posso até sentir um cheiro igualável.
- Sim, portanto, o que vês é apenas forma, representando algo que já tens em uma memória representativa, mas de todas as 20 bilhões de maçãs que já passaram por esse mundo nenhuma tinha o meu cheiro, sequer alguma tinha o meu sabor único, portanto uma maçã não é cópia da outra, apenas uma tentativa de reproduzir algo que "deu certo." E eu sou a primeira de todas as maçãs, sou o sabor, o cheiro e a cor que todas as outras copiam ou tentam copiar.
- Ora maçã! Então estamos empatadas... Sou a mulher que outras tentarão ser.
- A primeira das mulheres mereçe a primeira das maçãs... não achas?
- Aposto que devoro-te e em seguida encontro uma melhor que você.
- Ahhhh! Uma pena descobrir que todas as mulheres virão em sua semelhança...
- Oh! Como ousas?! Estás encantada por mim, acabas de te oferecer, e tentas me convencer que és a melhor, quando o que vejo é apenas uma bela fruta, que até acredito possuir um veneno.
- Veneno?! Eva, hoje aprendes comigo e amanhã aprenderás com o mais simples dos animais, pois em tua natureza há a dúvida do verdadeiro conceito de felicidade...
- Felicidade?
- Sim, enquanto almejas ser a imagem da perfeição do teu sexo, colocas uma sombra à tua volta, pois não enxergas a mais bela flor, a melhor água, o belo formato da rocha e a cor vibrante de pássaros à tua volta. Isso é felicidade! Obtenha a tua satisfação com tudo de mais simples à tua volta e não sofrerás com o que ainda não tens, precisas amar o que já está ao teu lado. Vejo que estás encantada por mim, e não venho me oferecer para ter honra em ser consumida por ti, mas sou a prova que a cada momento encontras uma particularidade, cada gesto na tua linha de tempo é único, o que impossibilita a sua repetição, portanto após tua mordida saberás que a próxima será única também.
- Portanto venha Eva, prove-me...

sábado, 9 de maio de 2009

Pesadelo de Cores.


Sabe aqueles dias que você acorda com vontade de fazer tudo que precisa fazer em um dia só? Uma necessidade de trabalhar o equivalente a 10 anos de sua vida em apenas um?
Hoje acordei assim, e ainda por cima tive um pesadelo muito louco, sonhei que conhecia uma criança do atol que jamais tinha saído de casa, nasceu com um tipo de cuidado especial dos pais que querem super protegê-la, uma criança com 7 anos de idade, que mora em uma ilha e que jamais tinha sentido a areia da praia! Era como se eu fosse um amigo e seu quarto era uma verdadeira bagunça, era mais que uma simples bagunça, eu sentia uma energia estranha de alguém que tava livre pra fazer o que queria dentro de um cubo com janelas e que seu mundo se resumia a um belo quadrado com vista para o mar, o chão do quarto era negro e seus brinquedos eram tantos que se confundiam com o chão, eu sentava em uma pilha de pelúcias e tentava motivar a criança a fazer algo novo ou encontrar uma saída pra romper a fronteira da sua casa, mas ela não sentia o menor interesse no que eu dizia, parecia até mesmo não entender minha língua, estava mais preocupada em me explicar pra que serve o brinquedo que eu segurava, olhei pela porta e percebi que de qualquer forma ela não se despertaria para passar pelo portão, pois na grande maioria das casas do atol, temos algum conforto, enormes 'telas de troca' que se não me engano por aí chamam de TV, temos também variadas frutas, verduras, doces, e uma infinidade de coisinhas que dão água na boca, tudo cultivado por nós e por setores específicos do atol, mas ali diante de mim estava uma criança que não fazia parte disso.
Sonhei com alguém preso no seu conforto, sem nunca ter visto um enorme peixe pulando, as grandes melancias saindo do chão ou as hortas molhadinhas de manhã cedo. Ela deveria sair, cair, se machucar de verdade, pular, correr, se perder e se conheçer melhor, então saberia pra que servem ao certo seus brinquedos, e que as suas cores são apenas uma imitação de tudo que tá lá fora. Então, assim que acordei disse a mim mesmo: - Vá para a rua criança, lá está seu verdadeiro mundo e suas verdadeiras cores.
Pela primeira vez, um pesadelo me fez acordar com vontade de correr atrás dos meus maiores sonhos... Essa noite eu tive um 'Pesadelo de Cores'.

Louca Frida Louca!


Pois é, falamos em shows, concertos e exposições em Arteropis, aqui existem váaaarios. O setor de entretenimento do concelho, que por sinal é muito sério, promove semanalmente diversas exposições e oficinas.
Não entendo muito o país de vocês, mas aqui tudo é livre, de 15 a 48 anos cumprimos com nossas obrigações voluntárias, se não me engano, aí vocês costumam chamar de emprego ou trabalho, até já ouvi um papo de pedintes ou sei lá 'menjigos', desculpem, não sei como se escreve, esse tipo de voluntários não existe por aqui, bom acontece que começamos cedo.
Nossos pais observam nossas aptidões naturais desde que nascemos e por exemplo, meu vizinho Josuépp que só tem 5 aninhos adora mexer nas ferramentas do pai dele e não pode ver um barquinho que fica maluco, ontem mesmo a mãe dele o cadastrou na oficina de estruturas e artes, e em 6 meses ele começa, lá ele verá centenas de ferramentas e poderá mexer em todas. Percebi que escrevi demais, e na verdade nossa conversa fluiu pra outro lado que depois comento mais, estávamos falando de exposições e entretenimento, a última que tivemos foi de uma mulher completamente pirada, que pinta quadros belíssimos, e na hora de expor ela simplesmente aparece nua na inauguração e defende que seus quadros em seu país valem 0,99 centavos de dollar, não sei exatamente quanto vale isso, mas pela forma que ela falou era muito pouco, o que a artista explicou é que a arte não é só um veículo de informação nem tampouco algo que se compra e que se vende, que seu valor é diretamente ligado a uma vida que esteve ali, e daquela forma alguém se exprimiu e produziu algo que para alguns apenas combinou com os móveis da sala ou com o sofá da sala de estar (a propósito desculpem a ignorância, o que é sala de estar? por acaso tem alguma sala que vocês não estão?). O que ela quis de fato foi de forma agressiva mostrar que por trás da sua arte existe um valor agregado, e com um pincel e um tipo de performace ela eternizou em um quadro esse sentimento.
Ela falou e explodiu tudo isso durante umas 2 horas e acredito que com poucas palavras resumi um pouco do que se passava na cabeça de Frida Carrington. Tirando o corpo lindo da mulher que quase ofuscou sua arte, seus quadros me chamaram muita atenção, um deles se chamava Pepper Rock, um quadro com cores fortes e bons contrastes, que criticava que o Rock 'n Roll (diga-se de passagem, nós a-d-o-r-a-m-o-s os shows que rolam na ilha baixa) atualmente é uma espécie de moeda, e que suas músicas foram se deteriorando e se transformaram em grupos que usam calças de grife, roupas que já vêm rasgadas de fábrica, com marcas que todos conhecem e veneram, portanto seguem um estilo sem personalidade nenhuma. Fiquei triste com tudo que aquela mulher louca falou e fiquei com saudade do verdadeiro último show de rock que fui por aqui, um cara com uma guitarra desafinada porém coerente chamado Kurt Cobain.
Registrei o quadro que mais me identifiquei e tá aí o que a alucinada nos deixou (só mais uma perguntinha o que é 'grife'? Vocês literalmente usam moedas pra se vestir?).

Arteropis a cidade da arte!


Bem vindos.

Arteropis é um lugar distante dos olhos e ouvidos e proxímo do sonho de cada um, é um lugar agitado, equilibrado e limpo, 'infelizmente' não temos petróleo, portanto não vale a pena trazer pra cá seu iate, sua Ferrari, sua moto nervosa ou seu paliozinho, pois aqui o transporte é público e elétrico, aliás toda fonte de energia vem do sol e de baterias que são seriamente controladas pelos serviços de reciclagem e preservação, além da energia eólica que sempre sobra devido aos fortes ventos do norte do atol, ela é totalmente convergida para as repartições públicas e residenciais, pois o conselho acha que em determinada época de ventos fracos seria melhor ficarmos sem energia em casa do que nos hospitais, trens e bondes, de qualquer forma, eu nunca vi faltar luz aqui.
O mais interessante é que apesar de todo equilíbrio que temos por aqui, ainda existem pessoas infelizes, tristes e até mesmo depressivas, continuo sem entender, pois não precisamos usar nenhum tipo de moeda, somos vacinados anualmente, escolhemos nossas religiões e no que exatamente queremos acreditar, quando nascemos fazemos parte de uma grande família, nunca super-lotamos porque controle de natalidade faz parte de uma das culturas mais antigas do atol, ou seja, raramente vemos filas, apenas quando algum concerto, show ou exposição realmente interessantes surgem no atol e mesmo assim sempre tem espaço pra sentar ou dançar a vontade, os hospitais são super confortáveis, até mais que nossa própria casa, acredito que alguns estão apenas enrolando lá. Essas pessoas que se dizem tristes ou com algum problema digamos que, emocional, depois de estudos desenvolvidos, descobriram que 70% parte de uma frustração ou grande decepção em algum momento da vida, e o mais curioso é constatar que 50% delas não sabe nadar, nunca tinham praticado mergulho ou algum esporte aquático no atol, que naturalmente são os mais desenvolvidos. Conclusão, 'perdas' todos temos, o importante é encontrar na vida um sentido para 'ganhar'.